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DESENROLANDO TOTHMEA Em Curitiba existe uma múmia egípcia, cujo nome é Tothmea, exibida permanentemente no Museu Egípcio e Rosacruz. Entretanto, em 1888, ela se encontrava em Round Lake, uma vila localizada no estado americano de Illinois. Lá ela foi desenrolada diante de uma platéia ávida por novidades. No dia 5 de agosto daquele ano o jornal "The Troy Northern Budget" publicou matéria descrevendo o fato. O periódico narrou:

Era cerca de 3 horas da tarde da última quarta-feira, quando dois operários carregaram o caixão da múmia do Museu para o pavilhão coberto conhecido como o auditório (...) As cantoras estavam em seus lugares, um grupo de trinta ou quarenta bonitas meninas. As que estavam na primeira fila pularam e gritaram "oh!" quando a estranha caixa foi colocada aos seus pés. As que estavam nas fileiras traseiras proferiram um "oh!" por solidariedade e, então, todas ficaram muito quietas e ruborizadas. Todo mundo na comunidade estava na parte principal do auditório, exceto as cantoras e alguns identificados de forma proeminente com a escola de verão. Entre estes últimos, o Dr. Farrar, o bispo J.P. Newman, o reverendo Dr. William Griffen, presidente da associação, professor J.G. Lansing e um ex-senador C.L. MacArthur.

À medida em que a múmia entrava no prédio, o organista tocava algo animado, e depois o coro de lindas meninas cantou um hino, que começava com "ACORDE! ACORDE!" e a tudo o hóspede silencioso assistiu sem um sorriso.

Então foi feita uma oração e uma pequena palestra sobre embalsamamento pelo professor Lansing que, a seguir, vestiu um casaco velho e um cachecol e foi ajudado a colocar o caixão na posição vertical e retirou a tampa. O relato do jornal continua:

Revelou-se no caixão uma figura informe com cerca de 145 cm de altura, toda coberta com o que parecia pele de camurças. Na realidade era o linho com o qual os antigos egípcios envolviam seus mortos depois que o processo de embalsamamento tivesse sido completado. Havia muitas camadas de linho e a primeira saiu facilmente. (...)

Para atingir e remover as bandagens interiores, a infeliz múmia foi posta sobre uma mesa. Alguns dos professores arrancaram e puxaram com os dedos, enquanto o professor Lansing espetava cruelmente o que restava com uma faca de escultor nova e brilhante. À medida que o trabalho prosseguia, as lindas garotas do coro escondiam seus narizinhos por trás dos lenços e alguns dos homens próximos diziam "paugh!" e pareciam nostálgicos. Vários meninos correram para o palco e fugiram com os pedaços dispersos das bandagens de linho até que um doutor de teologia indignado os perseguisse.

A cabeça da múmia foi desenrolada em primeiro lugar e descobriu-se que possuia um conjunto completo de dentes perfeitos. A múmia era de uma mulher como o egiptólogo presente havia determinado por certas peculiaridades das inscrições hieroglíficas na tampa do caixão. Os restos foram desenrolados até a cintura quando a múmia foi então preparada para se sentar para outra foto. Então o trabalho foi abandonado até que os cientistas da escola pudessem ficar sozinhos no museu.

Na foto, além da múmia, aparece a equipe que a desenrolou na seguinte ordem, da esquerda para a direita: professor Lansing, capitão Rogers (ao fundo), bispo Newman e, provavelmente, o Dr. Farrar. Para saber mais sobre esta múmia clique aqui.